Medicinas no Tratamento Ansiedade
Qualquer pessoa, numa ou outra ocasião, passa por fases de preocupação e medo, mas quando a ansiedade é crónica, torna-se um problema clínico que deve ser referido ao médico. Embora se trate de uma situação psicológica, a ansiedade manifesta-se por sintomas físicos, sendo cada vez em maior número as opiniões médicas de que a dieta pode ajudara aliviar, ou mesmo eliminar, alguns desses sintomas.
Tratamento Ansiedade
Entre os sintomas físicos, contam-se secura da boca, sudação, dificuldades respiratórias, palpitações, tonturas, dores no peito, diarreia e fadiga. A ansiedade pode chegar a debilitar o sistema imunitário.
Perda de apetite e refeições perdidas perturbam os padrões normais de alimentação. Em consequência, a menor ingestão de alimentos leva a perda de peso e a nutrição inadequada. As deficiências resultantes podem ser agravadas pela debilidade que a própria ansiedade acarreta. Há provas que associam a ansiedade a uma carência de magnésio e vitamina B6. Sob tensão (stress), o organismo consome rapidamente as suas reservas de vitamina C, e as pessoas que sofrem de ansiedade crónica podem beneficiar com o aumento da ingestão desta vitamina. Assim, é essencial ter uma alimentação equilibrada e fazer refeições regulares. Evitar os alimentos pode conduzir não só a um aumento da ansiedade, como ao risco de surgirem outros problemas, em especial os que se relacionam com a digestão, como a azia.
A cafeína, presente no café, no chá e em certas bebidas com cola, e também no chocolate preto, é um estimulante. Em pequenas quantidades pode estimular o desempenho físico e mental, mas em quantidades maiores conduz à agitação, particularmente nas pessoas sensíveis à cafeína.
As pessoas que sofrem de ansiedade procuram frequentemente alívio através de uma bebida alcoólica, mas com isso agravam provavelmente o problema, em vez de o minorar. Muitas pessoas pensam que o ÁLCOOL é um tranquilizante ou um estimulante, quando na verdade é um depressivo. De facto, durante a fase de privação, que ocorre 6 a 12 horas depois da ingestão de álcool, c]uando os níveis de açúcar estão baixos, as pessoas ficam mais susceptíveis a crises de ansiedade.
A ansiedade corresponde a um estado geral de apreensão
Pode ser desencadeada pela antecipação de um acontecimento particular, como um exame escolar ou médico. Este tipo de ansiedade é uma reacção normal a uma circunstância específica. Pelo contrário, a ansiedade generalizada produz sentimentos intensos de apreensão acompanhados de grande insegurança interior e sem causa aparente. Quando levada a extremos, a ansiedade generalizada provoca esgotamento emocional, insónias e risco aumentado de doenças relacionadas com o stress.
A ansiedade aguda assume por vezes a forma de uma crise de pânico um episódio de medo intenso acompanhado por sintomas físicos, como dor no peito, dificuldade em respirar e uma sensação de catástrofe (morte ou enlouquecimento) iminente. Estudos recentes apontam para uma tendência familiar para a perturbação de pânico, que frequentemente começa na adolescência.
A hiperpneia, ou respiração acelerada, é comum durante uma crise de pânico, e esta respiração superficial e rápida perturba o equilíbrio entre o oxigénio e o dióxido de carbono presentes no sangue. Esta situação, por sua vez, provoca tonturas, palpitações, dor no peito e outros sintomas físicos desagradáveis, que, por sua vez, geram medo e agravam a ansiedade preexistente, resultando num ciclo vicioso de pânico incontrolável. Diagnóstico e exames complementares Algumas pessoas que sofrem de ansiedade crónica não conseguem relacionar os sintomas físicos com a perturbação emocional. Essas pessoas podem andar de médico em médico, tentando encontrar causas para as suas queixas dores nas costas, dores de cabeça, dores articulares e musculares, indigestão e diarreia. Contudo, o exame físico e as análises clínicas são normais, excluindo uma causa orgânica na origem destes problemas. Nesta altura, o médico poderá suspeitar de ansiedade como causa subjacente e sugerir que o doente consulte um psiquiatra ou outro profissional de saúde mental.
As crises de pânico são mais fáceis de diagnosticar do que a ansiedade generalizada. São súbitas, muitas vezes sem desencadeante externo e duram apenas 5 a 10 minutos, embora possa parecer ao doente que duram uma eternidade. Uma crise de pânico é caracterizada pela presença de, pelo menos, quatro dos seguintes sinais e sintomas:
- Alterações respiratórias.
- Tonturas, falta de firmeza no andar ou desmaios.
- Palpitações.
- Tremores.
- Sudação abundante.
- Dores ou mal-estar no peito.
- Náuseas e indisposição abdominal.
- Aperto na garganta ou sensação de asfixia.
- Afrontamentos; arrepios de frio.
- Sensações de dormência ou formigueiro nas mãos ou nos pés.
- Vertigens.
- Medo de perder o controle psíquico.
- Medo intenso de morrer.
Habitualmente, leva-se o doente à urgência de um hospital, onde o ambiente médico protector e um ansiolítico forte o acalmam.
Tratamentos médicos para a Ansiedade
Os dois tipos de tratamento, medicação e aconselhamento psicológico, são frequentemente associados. Terapia medicamentosa. Os medicamentos ansiolíticos são o principal tratamento médico tanto para a ansiedade generalizada como para as crises de pânico. As benzodiazepinas são os ansiolíticos mais receitados. Estes fármacos parecem funcionar aumentando a acção de uma substância química que bloqueia a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, reduzindo assim a sensação de nervosismo e a agitação. Posteriormente, podem provocar sonolência e letargia. Também potenciam perigosamente os efeitos do álcool, pois a combinação de ambos pode conduzir a paragem respiratória e morte.
Embora os tranquilizantes sejam altamente eficazes no alívio de ansiedade e nas crises de pânico, não devem ser consumidos durante um período prolongado habitualmente definido como mais de 12 semanas consecutivas , pois o uso continuado pode levar a dependência psicológica e habituação. Contudo, as pessoas que tenham estado medicadas com ansiolíticos durante vários meses não devem parar abruptamente, mas sim gradualmente, fazendo um desmame sob controle médico.
Por vezes, em vez de ansiolíticos, os médicos receitam fármacos que provocam menos habituação. Entre eles, contam-se os bloqueadores beta-adrenérgicos em geral usados para tratar a hipertensão arterial e a angina de peito , que são eficazes contra certos tipos específicos de ansiedade, sobretudo o medo de falar em público. Estes medicamentos aliviam a ansiedade, sobretudo nos seus sintomas somáticos, como palpitações, sudação, descoordenação motora, bloqueando a acção da noradrenalina, um neurotransmissor que o organismo produz normalmente como reacção ao stress.
No passado, utilizavam-se o meproba-mato, um ansiolítico, e o fenobarbital, um barbitúrico, para tratar a ansiedade. Hoje em dia, raramente são receitados com este objectivo, pois causam grave habituação e podem levar a consumo abusivo. Outro tratamento de fundo na perturbação de pânico é o uso de anti-depressivos em doses elevadas, especialmente os medicamentos tricíclicos ou os antidepressivos da nova geração.
Psicoterapia
Os psiquiatras e outros profissionais de saúde mental costumam recomendar psicoterapia em associação com os psicofármacos, uma psicoterapia de suporte emocional e trabalho cognitivo que ajuda os doentes a corrigirem formas distorcidas de pensar acerca de si próprios e a lidarem com os seus medos. Através da terapia cognitiva, por exemplo, o doente consegue controlar crises de pânico, aprendendo a interpretar e a reagir calmamente aos sintomas físicos alarmantes, em vez de reagir de forma violenta e descontrolada, que habitualmente intensifica o problema.
Outra abordagem consiste na terapia de grupo, em que os doentes partilham medos comuns e procuram formas úteis de lidar com esses medos.
Medicinas alternativas
As terapias alternativas que dão especial importância a técnicas de relaxamento são incluídas com frequência no tratamento médico convencional da ansiedade e das crises de pânico. Os exercícios respiratórios usados nas técnicas de relaxamento são também úteis na prevenção e no controle da hiperpneia.
«Biofeedback»
Com esta técnica os doentes aprendem a controlar a respiração acelerada e outras reacções físicas que acompanham, induzem ou agravam as crises de pânico.
Fitoterapia
Os chás de ervas sem cafeína podem ajudar a acalmar a ansiedade. Além disso, algumas plantas contêm substâncias químicas que podem eliminar os sintomas habituais da ansiedade. Algumas das plantas recomendadas pelos fitoterapeutas são a betónica, a erva-cidreira, a hortelã e a valeriana.
Hipnose e visualização
São especialmente úteis para controlar crises de pânico. Durante algumas sessões com um hipnotizador, é possível aprender a dominar sensações de ansiedade, combinando exercícios de respiração profunda com meditação ou visualização de um determinado cenário ou situação relaxante.
Massagem
Poucas actividades conseguem aliviar o stress tão bem como uma massagem. A utilização de óleos ou loções aromáticos torna esta terapia ainda mais eficaz.
Terapia pela música
Ouvir música é um método de relaxamento há muito reconhecido. Para aliviar a ansiedade, os terapeutas recomendam música clássica calmante, em vez dos tipos de música barulhenta e de percussão. Ouvir músicas associadas a acontecimentos ou épocas felizes pode ser benéfico.
Ioga e «Vai chi»
Estas modalidades têm por objectivo conseguir um bem-estar emocional através do equilíbrio das energias mentais e físicas. O ioga é especialmente útil no controle da respiração, ajudando assim a evitar a hiperpneia. Consulte um instrutor profissional a fim de aprender posturas ou técnicas específicas mais adequadas para ultrapassar a ansiedade. Tratamento em casa Reservar pelo menos 30 minutos por dia para si faz maravilhas para dissipar a ansiedade. Tente utilizar esse período para meditar, fazer ioga ou Vai chi ou ouvir música. Em alternativa, limite-se a libertar a sua mente de obrigações prementes, lendo, fazendo exercício ou dedicando-se a alguma actividade que lhe dê prazer. Outras medidas de auto-aju-da incluem:
Exercidos respiratórios
A hiperpneia pode ser controlada respirando para dentro de um saco de papel ou plástico, pois parte do dióxido de carbono exalado durante a respiração rápida e superficial é reinalado. Pode sempre praticar exercícios de respiração lenta e profunda, inspirando através do nariz e expirando lentamente através da boca.
Exercício físico
Praticar exercício físico diariamente contribui para a saúde física e emocional. Escolha uma actividade não-competitiva, como natação, bicicleta ou marcha.
Abstenção de estimulantes
O consumo excessivo de cafeína, nicotina e outros estimulantes contribui para o aparecimento de ansiedade somática e psicológica. Opte por bebidas descaleinadas e, se fuma, esforce-se por fumar menos e usar tabaco light.
Dieta alimentar
Algumas pessoas acham que certos alimentos promovem sentimentos de ansiedade. Pode tratar-se de uma reacção alérgica ou de uma reacção exagerada a determinado aditivo alimentar. Faça um diário da sua alimentação e tente eliminar produtos de difícil digestão.
COMA
- Carne, ovos. queijo, nozes e vegetais de folhas verdes, que são boas fontes de diversas vitaminas do complexa B
- Citrinos por causa da vitamina C
- Bebidas de leite adoçadas
EVITE
- Chá, café e colas, que contem cafeína
- Cacau e chocolate
- Álcool
Outras causas de ansiedade
O álcool e a cafeína consumidos em excesso, os esteróides, os medicamentos para a obesidade e alguns outros fármacos podem produzir sentimentos de ansiedade. Para muitas mulheres, a ansiedade faz parte da síndroma pré-menstrual. A hiperactividade da tiróide também pode provocar nervosismo exagerado.
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