A Folha das Hortaliças

Nome vulgar das plantas hortícolas comestíveis frescas. Designam-se por hortaliças as folhas e ramas comestíveis dos vegetais, tais como couves, aipo, alcachofra, alho-porro, espinafre, alface, acelgas, agrião, nabiça, salsa, etc. Todos estes produtos aqui mencionados (legumes, leguminosas e hortaliças) são produtos hortícolas de excelente valor nutricional. São riquíssimos em vitaminas, sais minerais e fibras alimentares. As hortaliças e legumes são alimentos de baixo valor calórico e ricos em fibras e isentos de gordura.

Benefícios hortaliças

As hortaliças devem ser consumidas rapidamente após a colheita, para não perderem alguns nutrientes, como, por exemplo, as vitaminas. O seu consumo abundante melhora o funcionamento intestinal e evita a obstipação e previne o cancro. Por isso, o seu consumo traz grandes benefícios ao organismo, como já afirmámos, melhora o seu funcionamento intestinal, favorece o desenvolvimento da flora bacteriana saprófita, excita os movimentos peristálticos, evitando deste modo a obstipação, estimula o funcionamento da vesícula, previne o aparecimento de certos tipos de cancro do aparelho digestivo. Como são praticamente isentos de gordura, ajudam a regular os níveis de gordura sanguíneos e, como resultado, previnem doenças cardiovasculares.

Couves, grelos, nabiças, rama de nabos, alface, salsa, alho francês, etc, são por excelência alimentos tonificantes e protectores, e importantes reguladores das funções digestivas, em consequência da sua riqueza em antioxidantes, complantix, minerais e vitaminas.

Preparar as hortaliças

Quando cozidas em água, as hortaliças largam parte significativa dos seus constituintes solúveis para o líquido de cozedura; daí a necessidade de alguns cuidados para não se perderem. Aliás, acontece o mesmo com legumes e frutos e com outros alimentos bem diferentes como, por exemplo, carnes e pescado.

Em consequência, para aproveitar ao máximo os nutrimentos dos alimentos devemos:

— Comê-los crus, sempre que agradáveis e fáceis de digerir: alface, chicória, couve roxa, etc; quanto a agriões, em virtude de poderem transmitir um temível parasita, a fascíola, aconselha-se a consumi-los sempre bem cozidos, por exemplo, em sopa

  • — Cozê-los em vapor, fora do contacto com a água; não é método culinário usual entre nós mas devia sê-lo, também por mais duas vantagens: toma os alimentos mais saborosos e dispensa sal.
  • — Cozê-los brandamente em tachos de fundo diatérmico sem água ou com tão pouca que, quando prontos, já não reste nenhuma.
  • — Cozê-los em panela de pressão sem que a água chegue à grelha do fundo.
  • — Utilizá-los para sopas, jardineiras, arroz malandro ou outros cozinhados que se comem totalmente, seja os alimentos, seja o caldo.

Certas pessoas queixam-se de mal-estar intestinal e de gases quando ingerem muitas hortaliças, sobretudo as mais fibrosas como grelos ou repolho. Mastigar muito bem ajuda, mas pode não chegar.
A maneira mais acertada de resolver a flatulência provocada por hortaliças, pelos demais produtos hortícolas e por alguns frutos, não é deixar de os comer; a alimentação ficaria bem mais pobre. O ideal será triturá-los o mais finamente possível no copo liquefactor, tanto mais que já não se aceitam dietas sem resíduos a não ser precedendo alguns exames.

Dá satisfação verificar como ultimamente renasce o interesse pela sopa de hortaliças e como tem aumentado nas cidades o consumo de verdes e da generalidade dos produtos hortícolas. Até nos supermercados, onde há uns anos atrás não se viam, já há espaços, cada vez menos limitados, para estes alimentos. De qualquer modo o abastecimento é deficitário e a qualidade do vendido ainda deixa muito a desejar.

O consumo de produtos hortícolas, sejam hortaliças ou «legumes», nas cidades e nas zonas rurais é de facto inferior ao que já foi habitual entre nós. E, no geral do País, é semelhante ao consumo médio nos países da UE, ou seja, bastante inferior ao dos países mediterrânicos onde, felizmente, o abastecimento de frescos e o seu preço continuam a favorecer uma sadia utilização abundante.



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