O que é a Fototerapia?
A Fototerapia utiliza a luz natural ou artificial para tratar diversos problemas, desde problemas dermatológicos como a psoríase, doenças ósseas como o raquitismo ou doenças psíquicas como a depressão sazonal (DAS).
Origem da Fototerapia
A aplicação da fototerapia DAS data do final da década de 80, quando os médicos começaram a associar certas depressões aos invernos prolongados e sombrios.
Profissionais da Fototerapia
A fototerapia pode ser aplicada por um médico, um fisioterapeuta ou um psicólogo. Pode também fazer-se em casa, segundo as instruções de um profissional de saúde qualificado.
Aplicações da fototerapia
A fototerapia é hoje o tratamento preferencial dos distúrbios afectivos sazonais, substituindo ou complementando o uso de antidepressivos ou da psicoterapia.
A luz ultravioleta tem diversas aplicações. Uma delas é o tratamento da psoríase, muitas vezes em combinação com medicamentos, ou de outras afecções cutâneas que causam prurido. Uma outra aplicação é o tratamento do raquitismo (nas crianças) e da osteomalacia (nos adultos). Estas doenças, caracterizadas pelo amolecimento dos ossos, são devidas a uma carência de vitamina D, vitamina cuja produção corporal depende directamente da exposição à luz solar. As pessoas idosas que passam muito tempo fechadas em casa também beneficiam deste tratamento sob dois aspectos:
a fototerapia contribui para o fortalecimento dos ossos e, ao mesmo tempo, para combater a depressão. Os bebés que nascem com icterícia são também expostos à luz ultravioleta.
Outras utilizações potenciais da terapia pela luz são os problemas causados pelo jet lag, as perturbações do sono e os problemas de biorritmo frequentemente sentidos por quem trabalha de noite.
Cuidados a ter na aplicação da fototerapia
A fototerapia só é eficaz com lâmpadas próprias. Outros tipos de luzes fortes, como as lâmpadas de halogéneo, não são adequadas.
Para evitar a irritação e as lesões nos olhos, não olhe directamente para a fonte de luz. Tape sempre os olhos dos bebés expostos a uma luz directa e intensa.
Dado que a luz ultravioleta aumenta o risco de cancro da pele, o seu uso deve ser cuidadosamente vigiado por um médico.
Passar férias de Inverno num clima soalheiro e quente é uma boa forma de afugentar a neurastenia do Inverno, mas não se deve abusar da exposição directa ao sol, que pode ser prejudicial para a pele.
Como actua a fototerapia
A exposição a níveis variáveis de luz afecta o relógio biológico de todas as criaturas vivas. No homem, a falta de luz solar tem um efeito psicológico mais profundo do que anteriormente se pensava. (Alguns investigadores pensam que 20% das pessoas e quatro vezes mais mulheres que homens que vivem nos países do Norte poderiam beneficiar dos efeitos terapêuticos da fototerapia.) A luz diurna estimula o cérebro a produzir hormonas e outros compostos químicos essenciais ao bem-estar psicológico e emocional.
Para muitas vítimas de depressão sazonal, a exposição diária de algumas horas à luz fluorescente intensa alivia os sintomas, da mesma forma que umas férias de Inverno sob o sol dos trópicos. Quatro dias após o início do tratamento, a maioria das pessoas apresenta francas melhorias, muito mais rapidamente do que com os antidepressivos clássicos. Os benefícios parecem os mesmos, quer se faça o tratamento de dia, quer de noite.
A luz ultravioleta afecta também directamente a pele sob diversas formas: promove a produção de vitamina D e diminui o ritmo de crescimento de novas células da pele no caso da psoríase. O seu efeito secante pode melhorar a acne. Em algumas pessoas, porém, a luz do Sol faz surgir um surto de acne, pelo que deve actuar-se com prudência.
O que esperar da fototerapia
As lâmpadas fluorescentes especiais utilizadas no tratamento dos distúrbios afectivos sazonais são acondicionadas em caixas com um reflector e uma lampada difusora. Os tratamentos, que são simples, indolores, económicos e inofensivos quando feitos correctamente, duram em geral duas a três horas por dia, embora para algumas pessoas seja suficiente meia hora de exposição.
Durante o tratamento, o paciente pode dormitar, ler ou exercer qualquer outra actividade calma. Estão a ser estudadas novas aparelhagens que não interfiram com a rotina diária do indivíduo. Uma delas é um aparelho controlado por computador que faz acender uma luz forte logo de manhã para simular a chegada da alvorada antes da hora habitual do nascer do Sol no Inverno. Estudos feitos no New York’s Columbia-Presbyterian Medical Center, onde o aparelho foi concebido, mostraram que os voluntários acordavam com uma agradável sensação de alerta e vigor.
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