Propriedades terapêuticas da Berberis vulgaris
Berberis Vulgaris
(Berberís VulgClris L. Uva-espim. espinheiro-vinheto)
Berberidáceas
Este arbusto vivaz e ornamental era muito cultivado nos jardins até à descoberta do seu papel na transmissão de um fungo causador de uma grave doença dos cereais, a ferrugem negra, ou alforra negra. Os seus usos dietéticos são variadíssimos, pois os frutos verdes, conservados em vinagre, consomem-se como as alcaparras e quando maduros servem para o fabrico de doces, geleias, pastilhas, antiga especialidade da cidade francesa de Dijon, muito apreciada por Voltaire, e xaropes.
Propriedades medicinais: apetite, astenia, circulação, escorbuto, fígado, gota, gravidez, hipertensão, litíase, menopausa, menstruação, obstipação, rubéola, tratamento de varizes.
Partes utilizadas: fruto (Setembro), folhas aperitivo, colagogo, diurético, estomáquico, laxativo, tónico.
Habitat: Europa, solos calcários, bosques, sebes, silvados; Norte de Portugal; até 1900 m. Identificação: de 1 a 3 m de altura. Arbusto erecto, casca cinzenta; ramos canelados, lenho duro amarelo; (olhas verde-claras rígidas, desiguais, obovadas, marginadas de cílios espinhosos, venadas na página inferior, reunidas em ramos ao nível de um espinho tripartido; flores amarelo-vivo (Maio-Junho), cada uma delas constituída por 6 sépalas, 6 pétalas e 6 estames em volta de um carpelo encimado por um disco estigmatífero persistente, em cachos pendentes mais compridos que as folhas; baga cor de coral, ovóide (5 mm), com 2 ou 3 sementes. Inodora; sabor extremamente ácido (baga) e amargo (casca).
Formas de administração e posologia
Uso interno:
– Infusão ou cozimento dos frutos: 1 colher de café por xícara, 2 a 3 vezes por dia.
– Tintura (1:10) das cascas: 20 a 40 gotas por dia.
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