A força que o rodeia

Apesar de surgirem cada vez mais médicos e remédios no mundo, as doenças aumentam em vez de diminuírem. Esse fato estranho deve-se à excessiva preocupação das pessoas com seu corpo. Os médicos nem sempre são culpados. Mas há aqueles que, por razões que não nos cabe julgar, levam seus clientes a acreditarem que estão realmente doentes, ou que poderão vir a ficar, caso não se preocupem com o seu corpo. Consequentemente a humanidade fica com o organismo cada vez mais frágil. Receitam, por exemplo, uma dieta rigorosa com base em estudos meticulosos do índice de calorias, vitaminas, etc, dos alimentos. Em vez de ensinarem aos seus pacientes a busca de seu equilíbrio emocional, transtornam ainda mais suas emoções pelo sentimento de culpa que é gerado no indivíduo ao tentar seguir rigidamente essas tabelas alimentares.
Quando as pessoas não conseguem cumpri-las por alguma razão, logo se desesperam e tornam-se ansiosas pelo nervosismo e autocobrança. E quem consegue seguir, perfeitamente, essas tabelas de calorias e vitaminas, hoje em dia? E, ainda mais, com o avanço da bacteriologia, os médicos tornaram-se muito exigentes quanto à esterilização dos alimentos, entretanto, se fervemos ou cozemos os legumes para eliminar os micróbios, será destruída a vitamina C; e se quisermos preservar essa vitamina, não poderemos eliminar as bactérias. Ficamos, pois, numa situação muito difícil. Há pessoas que, por temerem profundamente a contaminação ou intoxicação, seguem à risca todo tipo de cuidados, até mesmo perdendo sua liberdade de agir e pensar.

Na década de 30, alguns laboratórios dietéticos recomendavam o arroz não polido, pois, segundo eles o arroz polido (sem embrião), prejudicava os intestinos. Os médicos, por sua vez, afirmavam que o arroz integral era o mais nutritivo e que o arroz beneficiado era bagaço. Mas, nas universidades, professores afirmavam que o arroz integral era prejudicial à saúde porque continha muito magnésio. Para eles, o melhor era o arroz polido, pois o pó usado no polimento era rico em cálcio.
Hoje já se sabe que o arroz integral é um alimento completo e o mais rico para o nosso organismo.
Se até os “experts” no assunto divergiam entre si, que dizer dos leigos que procuravam a verdade alimentar para viver melhor? Mas, as divergências sobre a alimentação sempre existirão. Portanto, se dermos ouvidos a cada uma dessas opiniões, ficaremos realmente neuróticos.
Convivendo com os pensamentos e hábitos dos orientais, aprende-se que as pessoas fantasiam demais suas preocupações, devido às informações erradas ou polêmicas do mundo. Muitas doenças surgem devido ao sugestionamento e associação de idéias, que essas divergências de opiniões acabam provocando nas pessoas. Quanto mais nos preocuparmos com regras alimentares, maior será o medo de errar e, psicologicamente, estaremos entrando num labirinto, com a expectativa de encontrarmos uma doença em cada saída.
Não devemos ter excesso de preocupação com o que comer, porque nossa intuição natural sabe o que nosso corpo necessita. Para que tenhamos saúde, é preciso compreender que o ser humano não é feito com “material de segunda”. A natureza criou o ser humano à sua imagem e, portanto, organizado e completo para se recuperar com a energia vital nata. Inclusive deu-nos o direito do livre-arbítrio, que usamos conforme aquilo que aprendemos na infância e no decorrer de nossa vida.
Um exemplo de influência negativa a respeito do corpo humano é induzir uma gestante às vésperas do parto, através de orientação médica e conselhos dos mais velhos, providenciar “certos remedinhos que serão necessários” para a saúde da criança. Ora! Isso mostra o quanto a humanidade está presa ao conceito de doença desde o nascimento. A criança já vem ao mundo “informada” sob os cuidados para evitar as doenças e, lamentavelmente, são poucas as pessoas que acreditam na força da energia vital, que dispensa qualquer remédio.
Sabemos que o cavalo selvagem tem maior resistência física do que um cavalo criado no melhor haras do mundo porque ele possui resistência ambiental pela sua exposição, enquanto o segundo, criado pelo ser humano, não desenvolve resistência natural uma vez que está preso às regras alimentares e condicionamentos impostos.
A liberdade de movimentos, a despreocupação com regimes e o equilíbrio das emoções traz ao ser humano a satisfação de viver e descobrir que seu corpo não precisa de nada para continuar a vibrar as energias já latentes. É a própria mente que destrói o que a Natureza cria com perfeição.
Ver a doença e considerá-la realidade é o mesmo que considerar realidade a sombra do nosso próprio corpo refletida no chão. Ela está ali, mas é apenas um reflexo e não nosso corpo. Se sua sombra o incomoda, não lute contra ela. Descubra qual é o foco de luz que está sobre você e desligue-o. A sombra com certeza desaparecerá.
O mesmo poderá ser feito com relação à saúde. Se a doença persiste, descubra qual é a emoção negativa que você vem alimentando em seu coração e “desligue-a” de sua mente, que a somatização desaparecerá. Exercite-se diariamente com auto-sugestionamento positivo, evitando as contradições futuras; se encontrar bloqueios pelo caminho, aceite a ajuda de um profissional de terapia moderna, ou leia livros que o reeduquem através de informações de autores que dedicaram suas vidas para salvar aqueles que sofrem, vítimas de uma educação negativa.
Seja qual for a doença, saiba que sua gravidade equivale à gravidade de seu sofrimento mental sobre o passado, sobre o presente ou preocupações relacionadas ao futuro.

O poder da conduta deve ser conhecido por todas as mentes a ponto de ser aceite e aperfeiçoado por cada um de nós, diariamente.

Existem muitas formas de se conseguir a felicidade almejada: religiões, tratamentos terapêuticos, tratamentos esotéricos, filosofias, meditações caseiras, orientações em templos com grandes mestres ou, simplesmente, acreditando nela. Mas, saiba que, sem disciplina e sem exercícios práticos no seu cotidiano, os resultados serão nulos e, conseqüentemente, sua fé, seja no que for, enfraquecerá.
Lembre-se: a felicidade está onde você quer vê-la. Não precisamos entender as forças que são estranhas ao nosso cérebro. Basta aceitá-las, com carinho e humildade, deixando um pouco a razão de lado.



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