Como lutar contra a obesidade
Este tópico pode parecer opressivo, mas na verdade só se sentirão ofendidos aqueles que têm resistência em ver o próprio comportamento. Relaxe e leia com bom humor. A gordura é considerada, sob o prisma metafísico, um casulo no qual a pessoa se esconde dos medos, aborrecimentos, perdas, raivas, mágoas e inseguranças. E quanto mais alguém procura fugir das emoções ou de situações mal resolvidas, tanto mais o casulo lhe envolve o corpo. E o mecanismo de defesa que o inconsciente cria para proteger-se daquilo com que o consciente não sabe lidar.
O que é a Obesidade?
A obesidade revela que a pessoa é imatura no aspecto emocional, ou seja, quando se trata de tomar decisões importantes nos relacionamentos familiares, amorosos e até perante amigos, ela se sente insegura para dizer o que de fato pensa e sente, pois acha que, ao revelar suas mágoas, desejos e frustrações, não será compreendida e aumentará, ainda mais, a amargura de alguém ou de si própria. Apega-se com facilidade a coisas e pessoas e tem medo de perdas. Na medida em que sente que pode perder alguém ou algo, desenvolve sua obesidade, seja alimentando-se repetidas vezes, distraidamente, ou gerando, inconscientemente, distúrbios em suas glândulas endócrinas.
O obeso até pensa em fazer mudanças em sua vida, mas o medo e a insegurança do novo o jogam, novamente, para dentro de si mesmo, ou o tornam dependente emocional de alguém. Está sempre na defesa porque é uma pessoa hipersensível e não deixa escapar nada do que lhe dizem ou fazem. Magoa-se com facilidade e dificilmente perdoa. Não se trata, aqui, de nível de inteligência, mas de inabilidade para lidar com ela quando o assunto é alma e desapego.
Mesmo uma pessoa com peso ideal para a sua altura, se começa a engordar demonstra que está retendo alguma mágoa ou indignação no coração. Com certeza viveu ou vive uma situação de difícil solução e não consegue sair da posição de vítima em que se colocou. Por conseqüência, todo alimento que for ingerido será transformado e retido pelo organismo com pouca eliminação. Além disso a pessoa mudará o ritmo de suas ingestões alimentares devido à desordem emocional, passando a comer mais ou a preferir alimentos com altas calorias, como doces, refrigerantes e massas, principalmente à noite, o que simboliza carência de calor humano.
O orgulho também é um fator predominante na personalidade do obeso. Às vezes ele se apega a uma idéia ou a uma pessoa, por teimosia, mesmo que isso lhe traga sofrimentos e humilhações, já que não saberia como lidar com um possível sentimento de perda.
Há casos de mães, por exemplo, que recebem amorosamente as namoradinhas de seus filhos enquanto eles não se apaixonam de verdade, mas, quando isso acontece e elas percebem que podem “perder” o filho para outra pessoa, mudam seu comportamento, sentindo-se carentes ou desprezadas pelo filho. Esse sentimento de baixa auto-estima faz com que esta mãe corra para dentro do casulo de gordura que ela mesma constrói em seu corpo com excesso de alimento ou guloseimas. Com isso, ela tenta, consciente ou inconscientemente, suprir o vazio que se formou em seu peito devido ao medo da perda. Muitas vezes, pessoas que se percebem engordando procuram controlar sua alimentação, mas o organismo retém mais que o necessário do pouco que comem, devido à associação de idéias que o inconsciente faz com o sentimento de querer reter alguém. Essa sensação de vazio, misto de angústia e tristeza e até de depressão, tem origem no desejo frustrado da posse e do controle sobre pessoas e acontecimentos.
Depressão agrava a obesidade
A depressão é raiva reprimida e a raiva uma extensão do sentimento de perda que não se consegue reverter. Raiva e agressividade residem nos instintos primitivos do homem para a sua sobrevivência, porém em demasia causam transtornos. O vazio e a angústia, por sua vez, significam apenas medo do novo e do desconhecido. O apego leva à angústia mas, para o novo entrar em nossa vida, às vezes se faz necessário renunciar ao antigo modo de viver. É como esvaziar um copo com água suja para enchê-lo, novamente, com água limpa. O obeso não esvazia seu copo. Reprime-se guardando todo o “lixo” do passado em sua memória ou em seu subconsciente, fazendo de seu presente uma eterna tela reprodutora de filmes antigos. E o pior é que se emociona toda vez que os “assiste”. Traduzindo: guarda ressentimentos de toda espécie e cultiva, muitas vezes, uma raiva tão profunda que sente necessidade de vingar-se ou dramatizar a situação apenas para sentir-se aliviado ou chamar a atenção sobre si, procurando alcançar seus objetivos apresentando-se como vítima.
Obviamente o obeso, ou a pessoa que passa a engordar, está derramando culpas por todos os lados, atribuindo-as a terceiros sem jamais admitir as suas próprias, porque já tem opinião formada. É sempre o outro que o faz infeliz e isso o impede de desprender-se dessa insegurança que o aprisiona. Se você tem problemas de gordura, quebre a resistência amorosamente e permita-se fazer uma terapia de regressão ou exercícios de meditação para solucionar seus conflitos inconscientes relacionados à sua mãe. Saiba que engordar significa regredir até a primeira infância, buscando a segurança e proteção que, provavelmente, não encontrou nessa fase. Entenda que, até os três anos de idade, desenvolve-se a personalidade da criança, e é exatamente nesse período que ficam registrados no inconsciente toda falta materna, sem que isso signifique culpa da mãe, pois sempre haverá conflito para o entendimento das necessidades das novas gerações. Perdoe a criança solitária que existe em você e aprenda a sentir-se forte, seguro e protegido sem necessitar de reforços externos.
Você pode ser livre, saia da posição de vítima imediatamente e pratique esse autoconhecimento que você acabou de adquirir. Lembre-se de que a verdadeira causa de muitos de nossos problemas internos encontram-se da gestação aos três anos de idade e você sabe perfeitamente que nossa memória não consegue alcançar esse período. Portanto, não fantasie os problemas atuais, que são apenas projeções do passado.
A obesidade é uma doença
Nunca devemos supervalorizar os problemas ou os nossos próprios ideais, porque isso faria com que nos apegássemos fortemente a esses fatores e perdêssemos de vista o verdadeiro objetivo da vida, que deve fluir livremente. Se tentarmos impedir seu fluxo natural, provocaremos o caos na natureza que, com certeza, virá até nós mostrar-nos o erro que estamos cometendo. A natureza, através de partes de nosso corpo, revela qual é a emoção que está criando tanta desordem em nossas vidas. Tenta, constantemente, um entendimento conosco, seja através das formas do corpo, das doenças ou, até mesmo, por meio de acidentes.
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