Mortalidade por cancro em Portugal
Distribuição dos casos de cancro por órgão
Homem | Mulher |
Próstata (33%) | Mama (32%) |
Pulmão e brônquios (13%) | Pulmão e brônquios (12%) |
Cólon e recto (11%) | Cólon e recto (11%) |
Bexiga (6%) | Corpo uterino (6%) |
Melanoma da pele (4%) | Ovário (4%) |
Linfoma não-Hodgkin (4%) | Linfoma não-Hodgkin (4%) |
Rim (3%) | Melanoma da pele (4%) |
Leucemia (3%) | Tiróide (3%) |
Cavidade oral (3%) | Pâncreas (2%) |
Pâncreas (2%) | Bexiga (2%) |
Outras zonas do corpo (18%) | Outras zonas do corpo (20%) |
Por ano morrem, em Portugal, de cancro, 20 mil a 25 mil pessoas (1/4 a 1/5 da mortalidade global). O cancro constitui assim a segunda causa de morte em Portugal, depois das doenças cardiovasculares (acidentes vasculares cerebrais, enfartes do miocárdio, etc), que são responsáveis por cerca de 40 000 mortes por ano. A mortalidade por cancro é mais elevada no homem do que na mulher (1,8 homens; 1,0 mulheres ), sendo os cancros mais mortais, em Portugal, os do pulmão, do cólon & recto e do estômago, em ambos os sexos, e os da mama e da próstata, nas mulheres e nos homens, respectivamente. Na UE e nos EUA a mortalidade por cancro é semelhante à observada em Portugal, excepto na proeminência do cancro do estômago.
Índice de mortalidade por cancro em Portugal
O índices de mortalidade, ao contrário do que sucede na maioria dos países da UE – em que a mortalidade por cancro, apesar do aumento da sua incidência, tem vindo a diminuir desde o fim da década de noventa , a mortalidade por cancro continua a aumentar em Portugal, o que nos torna no país da Europa dos Quinze em pior situação neste aspecto. A situação é grave, sem ser no entanto muito grave, porque o aumento da mortalidade está já em níveis baixos (cerca de 5% de aumento ao ano), apesar de o aumento do número de casos por ano ser bastante grande, devido, sobretudo, ao progressivo envelhecimento da população. O aumento da mortalidade por cancro em Portugal, em relação ao que se passa na UE, reflecte a fragilidade das políticas de prevenção, a escassa ênfase no diagnóstico precoce, alguns problemas no acesso aos sistemas de saúde, a desigualdade na qualidade da terapêutica e o deficiente apoio ao doente, após o tratamento, em muitas áreas do país.
Quais são os cancros mais frequentes
Nos homens:
Os cancros mais frequentes nos homens portugueses são, para além do cancro da pele, cancro da próstata, cancro do pulmão, cancro do cólon & recto (intestino grosso) e o cancro do estômago.
Na mulher:
Na mulher, os cancros mais frequentes, excluindo de novo a pele, são o cancro da mama, cancro do cólon & do recto (intestino grosso), cancro do estômago e cancro do útero. As maiores diferenças entre Portugal e a UE e a América do Norte residem na muito maior incidência de cancro do estômago em doentes portugueses de ambos os sexos e na menor incidência do cancro do pulmão, na mulher, em Portugal (apesar de a incidência estar a aumentar acentuadamente nas mulheres portuguesas). Como na UE, os factores de risco mais importantes para o desenvolvimento de cancro são, entre nós, o tabagismo, a obesidade, a vida sedentária e a dieta de tipo “ocidental” (dieta hipercalórica, rica em gorduras de origem animal e pobre em frutos e vegetais frescos).
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Como demonstram as estatísticas, o cancro do pulmão já ocupa o segundo lugar.
Contudo é estranhíssimo, visto os avisos da sua gravidade para a saúde serem muito claros.
É de lamentar que tantas pessoas desvalorizem tudo isso e continuem a usar e abusar do cigarro. Não lhes passa pela cabeça quanto podem poupar senão fumarem, em muitos casos poupariam o suficiente para o seu almoço.
Se tanta gente deixou de fumar por força de Lei já lá vão uns anos, seria de esperar uma baixa significativa quer da taxa de incidência quer das taxas de morbilidade e mortalidade o que parece não estar a contecer. Entretanto o Estado perdeu nestes anos após a Lei anti tabaco, uns bons euros por dia com a redução drástica dos fumadores tendo em conta o valor dos impostos sobre o tabaco, e ao mesmo tempo continua a dispender milhões de euros para a prevenção e tratamento da patologia respiratória em particular do cancro do pulmão. Vamos lá entender isto…